Um prejuízo de mais de R$ 1,7 milhão aos cofres da Paraíba. Esse é o saldo da auditoria realizada pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) em relação ao primeiro ano (2011) da prestação de serviços da Cruz Vermelha gaúcha ao Governo da Paraíba.
As contas de 2011 foram julgadas pelo pleno do TCE nesta quinta-feira (23). Apesar da aprovação com ressalvas, o Tribunal aplicou multas ao então secretário de saúde, Waldson de Souza e ao representante da empresa terceirizada, Edmon Gomes.
Além da ausência de licitação para a contratação de empresa, a auditoria levantou que a soma das irregularidades cometidas pela Cruz Vermelha gaúcha ultrapassa R$ 614 mil. Como não conseguiu justificar o dano, a empresa deve devolver o montante em 6 parcelas de aproximadamente R$ 102 mil.
Dentre as despesas não comprovadas estão o pagamento de horas extras, passagens aéreas, encargos financeiros, entre outras. A auditoria também apontou a responsabilidade do ex-secretário Waldson de Souza, que numa das irregularidades pagou uma taxa de administração na bagatela de R$ 1 milhão. A Cruz Vermelha deve devolver a taxa em 6 parcelas de R$ 181 mil.
Em 2011, o montante de recursos repassados ao Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa sofreu acréscimo de mais de 100% no comparativo com o ano anterior (2010), quando a gerência pertencia somente ao Estado.