Ainda não é definitivo, mas o cenário mudou. O que foi decidido no Plenário do STF mexeu profundamente com a correlação de forças na política paraibana.
É provável que alguns só admitam lá na frente, mas os mais argutos sentiram antes do final da fala do ministro Fux que nada será como antes.
Cássio recupera os direitos políticos e se habilita para liderar a oposição. Isso mesmo a oposição, aquela que anda mais perdida que cego em tiroteio.
Sei que falando assim você vai ter um piripaque e dizer que estou misturando as bolas, mas foi isso mesmo que eu disse: Cássio vai liderar a oposição e, admita agora ou não, vai ser o candidato a governador de cassistas e maranhistas.
Claro que a mudança não acontecerá do dia para noite e ele terá que pavimentar essa estrada aos poucos.
Motivos para o rompimento já existe. Na verdade, vários.
Aquele Cássio sem mandato e sem perspectiva de poder era um; esse gozando dos direitos na plenitude é outro.
Esqueçam tudo que ele disse, pois o jogo foi zerado. Cássio esteve com Veneziano, Cássio cumprimentou Maranhão no aeroporto. Cássio é a bola da vez.
Paralelo a isso seu exército está sendo humilhado pela soberba ricardista.
A vida é uma roda gigante. Não faz sentido a história política da Paraíba se encerrar com Ricardo, que quer o fim da classe política por decreto.
Quem pariu Mateus que balance. E Cássio pariu Ricardo.
A disputa em 2014 caminha para uma repetição do que aconteceu em 2006 e o Cássio de hoje é o Burity de ontem. O Tértius.
Quem não se lembra, Ronaldo e Humberto abriram para ele derrotar o candidato de Braga, Marcondes Gadelha.
Na comemoração de hoje Paraíba adentro não se surpreenda se muitos maranhistas estiverem comemorando. Discretamente, por enquanto.
E Wilson Santiago? Fez o seu papel acreditando que a Lei poderia retroagir. Manteve o gabinete em Brasília através do filho e é um vitorioso.
Em tempo: a tese contrária a minha é um desastre para a oposição. Unidos, Ricardo fica seis anos no poder e Cássio o sucede.