O ano nem começou direito e já temos um fortíssimo candidato ao troféu Óleo de Peroba, honraria outorgada aos que fazem do cinismo profissão de fé.
Falo do secretário de Comunicação do Governo, Luís Torres, que esta semana bateu boca com o reitor da UEPB, Rangel Júnior.
Rangel veio a público cobrar os repasses constitucionais da UEPB e Torres alfinetou exigindo que o magnifico reitor abra a caixa preta da instituição.
Quem é Luís Torres para exigir de alguém que abra a caixa preta, se ele próprio tem um baú multicolorido que se aberto cassa o seu chefe e lhe leva a devolver muito dinheiro aos cofres públicos?
E não falo aqui de evolução patrimonial a jato, mas em empenhos atemporais e outras evidências de escambo e escândalos.
Um gestor que gastou mais de 100 milhões em menos de 12 meses e 7 milhões em período vedado, está desprovido de condições morais para exigir transparência de alguém.
Façamos a seguinte exigência em nome da transparência: que Rangel Júnior só abra a sua caixa preta se Luís Torres abrir o seu baú multicolorido.