A presidente Dilma Rousseff esteve sim reunida na tarde de ontem, 25, com ministros e governadores dos Estados do Nordeste. Mas, quem esperava algum protagonismo do governador da Paraíba, que se inclui na lista dos presidenciáveis, frustrou-se. Com a ideia fixa de criar mais um imposto, ressuscitando a famigerada CPMF, RC foi isolado, entrou e saiu fosco, apesar do óleo de peroba.
De uma maneira geral, os governadores cobraram a manutenção de investimentos em obras, a liberação de financiamentos subsidiados e a regulamentação do novo indexador das dívidas de Estados e municípios (objeto de lei complementar aprovada nesta terça-feira pela Câmara dos Deputados), todas medidas que vão contra o ajuste fiscal do governo. O nosso trafegou ainda mais na contramão e só sabia soletrar a sigla C-P-M-F.
Objetivando agregar importância a reunião e encaminhar com celeridade os pleitos, quase todos impossíveis, participaram da reunião o vice-presidente, Michel Temer, os ministros da Casa Civil, Aloizio Mercadante; da Fazenda, Joaquim Levy; do Planejamento, Nelson Barbosa; das Relações Institucionais, Pepe Vargas; e da Previdência, Carlos Gabas. E nenhum deles achou conveniente a fixação do governador paraibano na criação de mais carga tributária através da volta da CPMF.
Estiveram presentes os governadores da Bahia, Rui Costa (PT); Pernambuco, Paulo Câmara (PSB); Alagoas, Renan Filho (PMDB); Sergipe, Jackson Barreto (PMDB); Maranhão, Flávio Dino (PC do B); Piauí, Wellington Dias (PT); Rio Grande do Norte, Robinson Faria (PSD); Ceará, Camilo Santana (PT); e aquele que quer por quê quer a CPMF de volta e o povo que se lasque, Ricardo Coutinho (PSB).
Cá pra nós, como é que alguém que pretende ser candidato a presidente da República, que já não tem um legado decente para mostrar como portfólio e que o estado não tem densidade eleitoral, vem com uma proposta impopular dessas como a volta da CPMF?