De acordo com o Cadastro Nacional de Adoção (CNA) divulgado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), há 55 crianças ou adolescentes esperando uma família e 347 que esperam uma criança, o que representa um número 6,3 vezes maior.
À primeira vista, pode parecer que a conta não fecha, porém os pretendentes exigem um perfil que não é facilmente encontrado nos abrigos do estado. Na maioria dos casos, os casais ou pessoas preferem bebês, e, além disso, do sexo feminino. Esse perfil restrito, explica o número de crianças que acabam ficando no abrigo e a dificuldade do processo.
O número de pessoas que se interessam por adotar uma criança ou adolescente só faz crescer a cada ano. Somente no ano passado, 106 adoções foram realizadas e, 103, em 2011, conforme informações da 1ª Vara de Infância e Juventude da Capital.
Grande parte dessas adoções é feita por pessoas que já passaram dos 40 anos, segundo o CNJ. Os motivos são vários e entre eles estão a tranquilidade da estabilidade financeira já alcançada e a possibilidade de dar mais atenção à criança e até a chamada ‘síndrome do ninho vazio’, quando os filhos mais velhos deixam a casa dos pais.
O Tribunal de Justiça da Paraíba, através da Coordenadoria de Infância e Juventude (Coinju), investe em cursos de adoção, com a finalidade de orientar os adotantes e mostrar que o gesto é um ato de supremo amor, e que as crianças, independente da idade, podem se adaptar à nova vida, através de carinho e amor.
As pessoas interessadas em adotar uma criança ou adolescente devem procurar a Vara da Infância e Juventude da comarca, onde efetuará a inscrição, realizará um processo de habilitação e ficará na fila de espera, no Cadastro Nacional de Adoção, que é alimentado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
BG