O deputado João Henrique chamou agora a pouco no radiofônico Correio Debate de “inconseqüentes e irresponsáveis” as acusações que o MPF fez contra ele, especialmente a declaração do procurador Rafael Lima, que admitiu o envolvimento do deputado com o tráfico de turmalinas para o exterior e o acusou de sonegação de royaltes e evasão de divisas.
“O que eu posso informar é que o deputado estadual João Henrique tem foro privilegiado junto ao tribunal e eu sou um procurador da República em primeira instância, sou responsável por processar as pessoas que não tem foro privilegiado e que estão envolvidas nessa organização criminosa, mas o que eu posso adiantar é que há uma vinculação inicialmente do deputado João Henrique com esse grupo, mas depois descobrimos que houve uma briga, uma disputa entre eles, no entanto, com relação aos crimes que por ventura ele venha a responder, isso depende de uma resposta de um procurador Regional da República”, disse Rafael Lima.
O deputado João Henrique tem outra versão, afirma que foi ele quem denunciou a extração ilegal de turmalinas e que sua empresa está legalizada e autorizada a fazer a extração.
Confirmou o que nosso blog adiantou em primeira mão sobre a ida da PF na sua casa hoje, onde foram confiscados vários documentos.
O procurador disse que o deputado faz parte do esquema e deverá ser acionado por crime de sonegação e lavagem de dinheiro.
João nega tudo e diz que o procurador deveria respeitá-lo, pois é deputado e tem uma história pessoal de superação, tendo sido capitão da PM, juiz do TRE.
Para quem não sabe, a Turmalina Paraíba é uma das pedras preciosas mais valorizadas do planeta e estima-se que o veio descoberto no Caririr está avaliado em mais de um bilhão.
A partir de escutas, a PF descobriu que policiais militares faziam a segurança da mina e quase todos os envolvidos terão os bens bloqueados em até 50 milhões.