O vice prefeito de Campina Grande Ronaldo Cunha Lima Filho, prefeito em exercício, concedeu hoje pela manhã entrevista à rádio Campina FM e entre outros temas abordou e defendeu a criação da Secretaria de Comunicação.
Pego carona na entrevista de Ronaldo para relatar uma experiência complicada que passei na gestão Veneziano.
Fui convidado em 2011 para prestar assessoria a secretária de Saúde da época, Tatiana Medeiros, que seria candidata a prefeita no ano seguinte.
Logo descobri que a gestão Veneziano era operosa, mas ninguém em Campina sabia, pois a divulgação das ações limitava-se ao rádio e, apesar de muito popular, tem raio de audiênciacia limitado – qual o percentual de audiência de rádio em Campina? – ,não veicula imagem e não tem o alcance de uma novela da Globo para fazer chegar ao povo a prestação de contas do gestor.
Expliquei a Tatiana e ao próprio Veneziano que sem otimizar a gestão não tinha como otimizar a imagem da candidata e fui autorizado a analisar a política de comunicação do Codecom, um birô dentro da chefia de Gabinete.
Logo descobri dezenas de apoios sem critério técnico e que em audiência eram traços. Questionei a agencia licitada, do Recife, que logo descobri tratar a Prefeitura de Campina como um cliente pequeno de varejo pelo pouco volume de verbas disponibilizadas.
Apresentei relatório pedindo que no ano seguinte a mídia fosse técnica e que priorizasse a audiência. Fui atendido e a aprovação do gestor cresceu pelo simples fato de a gestão comunicar-se corretamente.
Assim, pelo exemplo que citei, acredito que talvez a gestão Romero esteja melhor do que aparenta, ou não tão ruim como dizem, e o que tem faltado é política de comunicação com uma Secom para gerenciá-la.
No que se refere ao trecho da entrevista de Ronaldo Filho, dizendo que deixarão para o próximo ano a sua criação, antecipo os pêsames à gestão, pois sem uma Secom Romero não conseguirá que uma boa imagem chegue além daquele circulo vicioso que ouve rádio na cidade, basicamente formados pela militância contra e a favor.
Passei por isso e quando Veneziano saiu e foi execrado pelos mesmos formadores de opinião que financiava, eu conclui que faltou-lhe uma política de comunicação e uma Secom.