Logo quando o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) assumiu o poder ele cuidou logo de jogar um balde de água fria na população, ato classificado por muitos como, ‘um banho de realidade.
Sociólogo e poliglota, Fernando Henrique declarou: “Esqueçam tudo que eu falei como sociólogo” – numa espécie de faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço -. A atitude do tucano, no entanto, ficou na história e história que é história sempre se repete. Pois bem, o fato parece agora se repetir nada mais, nada menos que na Paraíba.
Um socialista vestiu a pele tucana e literalmente pôs em prática o ‘ensinamento’ de FHC.
Conhecido por ser protagonista de vários embates sindicais à época em que era detentor de mandatos parlamentares, e um ferrenho defensor das minorias, o agora governador do Estado, Ricardo Coutinho (PSB), adotou postura semelhante à de FHC a frente do executivo estadual paraibano.
O deputado estadual Ruy Carneiro (PSDB) se arriscou a explicar a postura de Ricardo como sendo advinda da ‘soberba do cargo’.
Ao assumir o Governo, Ricardo Coutinho cuidou logo de dizer: “Ninguém tem estabilidade no meu Governo, os únicos que tem estabilidade é apenas o vice-governador e eu, que fomos eleitos, os demais não”, avisou.
O ‘recado’ do pseudo-socialista logo foi colocado em prática. Em poucos meses de Governo, as principais pastas da administração tiveram seus responsáveis trocados – saúde, educação e administração penitenciária não conseguiram pôr em prática o ‘milagre’ exigido pelo novo governador.
A época em que era parlamentar Ricardo defendia ambulantes, professores, médicos, agentes de saúde e outras diversas minorias. Como governador Ricardo adota o ‘esqueçam o que eu falei’ de FHC.
O atual governador é taxado de ditador, evita embates com as minorias e sempre manda um representante quando essas minorias defendidas outrora se põe no batalhão de frente e se fazem perceber.
Ricardo sabe o poder dessas minorias, até porque foi ele que as instigou na busca pelos seus direitos, e por isso tem medo de confrontá-las.
Em outro momento FHC também emitiu a perola de que o pobre não deveria comer cuscuz e sopa em apenas uma refeição. Ele dizia que se a população tem cuscuz, não precisava comer a sopa. Se tiver suco, não precisava tomar o café – uma espécie de ensinamento de economia do lar – que mais parecia um: vocês são pobres, façam seus malabarismos! Esse também é o ensinamento de Ricardo Coutinho. O ‘aprendiz’ de tucano demitiu mais de 30 mil funcionários, tirou as gratificações por produtividade, não convocou os concursados e ainda diz que o Estado está quebrado. Ricardo Coutinho obriga a população a passar fome com a desculpa de que quer equilibrar o Estado. E cobrem: ele prometeu o 13º do Bolsa Família, com toda essa economia não terá desculpas para não pagá-lo.
O que se sabe é que o Governo está sim fazendo uma poupança à custa do sofrimento do que mais precisa, à custa assistência social e fica a pergunta: vale o sacrifício?
A resposta nós só teremos em 2014, caso nenhum impeachment assole o atual governador! Ricardo é o que sempre foi: um lobo em pele de cordeiro.
E você meu amigo elegeu ele para tomar conta do galinheiro.